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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Minha vida como pingüim

As versões infantis dos mundos virtuais são até mais inventivas do que as dos adultos

Camila Pereira


Gabriela e Juliana: elas marcam hora com os amigos para brincar on-line

Elas são exemplos acabados de uma nova geração de crianças. Chegam da escola, dão uma volta no shopping, emendam com o jantar numa pizzaria e, se da maratona ainda sobra algum fôlego, vão a cinemas e livrarias. Mas nada disso se passa no mundo real. Os passeios são feitos em universos virtuais nos quais as crianças vivem pela internet situações que simulam a realidade, sempre representadas por um personagem que elas próprias criam. Os personagens têm nome, idade e até jeito de ser – tal qual o Second Life, o mundo virtual que faz sucesso há mais tempo entre os adultos. Dessa nova leva de sites infantis, uma pesquisa mostra que o mais freqüentado por crianças do Brasil e de vários outros países é o Club Penguin, da Disney, uma cidade de pingüins cujo total de "habitantes" já é semelhante ao de metrópoles como Mumbai, na Índia: são 12 milhões de espécimes, a quem dão vida crianças de cinco continentes. Em paisagens pontuadas por lagos e montanhas nevadas, elas brincam de pescar, fazem campeonatos de bola de neve e praticam esqui, o esporte nacional do clube. O que as crianças afirmam ser mais divertido, no entanto, é a sensação de passar por situações típicas do mundo adulto, caso das amigas Gabriela Carlete e Juliana Bolletta, ambas de 10 anos: elas arranjaram emprego, escreveram para o jornal Penguin Times e têm dinheiro (em suas carteiras virtuais) para gastar – tudo em companhia de uma turma de amigos, que marca hora e lugar para navegar no tal clube.

Fonte: http://veja.abril.uol.com.br/171007/p_099.shtml

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