Onde está o conhecimento que perdemos na informação?...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Lei na mídia

A imprensa tem acompanhado atentamente os desdobramentos deste projeto que irá reduzir a diversidade cultural na TV por assinatura brasileira, restringir sua liberdade e pode significar uma queda de qualidade da programação com mais custos. Infelizmente, o assunto tem ficado restrito aos bastidores do Congresso Nacional e a opinião da população sequer foi consultada.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Xuxa perde programa infantil na Globo

Xuxa não terá mais programa infantil diário, em 2008, devido à baixa audiência. Ela só ficará no ar, de manhã, até o fim do mês. Em abril, a apresentadora vai ganhar outro programa, para a família, nas tardes de sábado. O "Conexão Xuxa", especial de férias que está sendo exibido aos domingos, vai passar só até o final de janeiro.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A mídia indígena



Os povos indígenas ou do “Quarto Mundo" lutam pela preservação de seus territórios(a natureza) e resistem bravamente às invasões hostis coloniais, como a desterritorialização, o falso nacionalismo, os limites nacionais e o desuso da idéia de anticolonialista. Desta forma, a teoria pós-colonial supre a presença do “Quarto Mundo”, no qual pode ser encontrado dentro de todos os outros mundos, através dos povos denominados como “indígenas”, “tribais” ou “primeiras nações”.

Os membros do “Quarto Mundo” costumam aparecer em “filmes etnográficos”. Antigamente estes filmes buscavam oferecer ao público a “verdade” sobre estes povos, por isso os nativos eram obrigados a realizar práticas já abandonadas, sem redargüir. Os novos filmes etnográficos procuram produções compartilhadas, participativas, interativas, além de uma antropologia dialógica e uma distância reflexiva, conforme os artistas se questionam sobre a sua capacidade de se comunicar “pelo” outro.

Enquanto isso, os povos indígenas começaram a realizar suas próprias produções, quase que sem mediação. Como os filmes “Smoke Signals” (1998), “The Lone Ranger and Tonto Fistfight in Heaven”, “Once Were Warriors” (1994). Já em 1970 na América do Norte e em 1980 na Austrália e no Brasil surge uma nova forma de produção cultural, a “mídia indígena”. Ou seja, a utilização da tecnologia audiovisual pelos povos indígenas, tendo em vista os seus propósitos culturais e políticos. Trata-se de um veículo que concede poder a comunidades que lutam por seus ideais. Os produtores destes vídeos são os próprios consumidores, além de comunidades próximas e às vezes, instituições culturais, ou até mesmo festivais desta categoria. Segundo Faye GINSBURG estes produtores indígenas estão passando por um “dilema faustiano”: se por um lado, usam as novas tecnologias para a asseguração cultural, pelo outro, propagaram uma tecnologia que poderá incentivar a sua própria desintegração.

Os indígenas usaram câmeras de vídeo com a finalidade de registrar o seu entendimento sobre o meio ambiente (floresta), como também documentar a relato de histórias e mitos. Segundo TURNER, para povos como os caiapós brasileiros, o vídeo passou a constituir em si o propósito da ação social e a objetivação da consciência. Os vídeos desta tribo tiveram repercussão internacional, como a publicação das matérias no “Time” e no “New York Times Magazine”, nas quais discutem a respeito de que os “nativos” devem ser diferentes dos primitivos: os indígenas “de verdade” não utilizam câmeras de vídeo.

Para GINSBURG e Terence TURNER importantes antropólogos que estudam a mídia indígena, esse trabalho tem como finalidade à “mediação através de fronteiras, a medição de rupturas históricas e temporais”, e o crescimento do método de construção identidária através da negociação de “intensas relações com a terra, com o mito e com o ritual”. Segundo Faye GINSBURG trata-se de uma “nova forma de autoprodução coletiva”. Ao mesmo tempo, a “mídia indígena” não pode ser vista como um remédio para todos os males dos povos indígenas. Este trabalho pode causar divergências entre grupos rivais dentro das comunidades indígenas e ser conveniente pela mídia como um símbolo fácil das ironias da era pós-moderna.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Não tenha medo do vazio

Mais venezuelanos do que brasileiros acham que têm mídia livre

Uma pesquisa encomendada pelo Serviço Mundial da BBC aponta que os venezuelanos acreditam mais do que os brasileiros na liberdade da mídia em seu país para cobrir os fatos de forma "precisa, verdadeira e imparcial".Entre os venezuelanos, 63% disseram acreditar na liberdade da imprensa local. Entre os brasileiros, esse percentual cai para 52%. O índice venezuelano também é maior do que a média geral obtida nos 14 países pesquisados (56%). O estudo sobre liberdade de imprensa, que avaliou a opinião de 11.344 pessoas por meio de um questionário, foi divulgado nesta segunda-feira como parte das comemorações do 75º aniversário do Serviço Mundial da BBC.O resultado da Venezuela contraria a classificação do país em rankings internacionais sobre liberdade de imprensa. Uma avaliação feita em outubro passado pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras colocou a Venezuela em 114º lugar numa lista de 169 países. O Brasil ocupou a 84ª posição.O estudo da BBC apontou que os venezuelanos "são um dos maiores defensores da liberdade de imprensa e têm uma visão positiva sobre a liberdade que os órgãos de comunicação gozam no país para cobrir notícias de forma precisa, verdadeira e imparcial". "A percepção dos venezuelanos sobre o desempenho da mídia é consideravelmente mais positiva do que em outros países da América Latina", afirma o relatório, que mostrou que 42% dos venezuelanos consideram "bom" o trabalho dos órgãos de comunicação controlados pelo governo, enquanto que no Brasil e no México este índice foi de 25%. O levantamento mostrou que no Quênia, 81% dos entrevistados acreditam que a imprensa no país é livre, maior taxa entre todos os pesquisados.Em segundo, veio a Índia (72%), seguida pela Nigéria (66%). Cingapura registrou o menor índice de percepção de liberdade de imprensa (36%), segundo a opinião dos entrevistados.Na avaliação da pesquisa, a opinião mundial está dividida sobre a "liberdade de imprensa e estabilidade social".O questionário apresenta duas afirmações aos entrevistados e pede que eles digam qual é que se aproxima mais de sua visão. A primeira afirmação diz que a liberdade de imprensa "para relatar as notícias de maneira verdadeira é muito importante para assegurar que se viva em uma sociedade justa, mesmo que em alguns momentos (as notícias) levem a debates desconfortáveis e efervescência social". A segunda afirmação diz que "enquanto a liberdade de imprensa para relatar os fatos de forma verdade é importante, a harmonia social e a paz são mais importantes, o que em algumas vezes significa controlar o que é noticiado pelo bem comum". Os resultados mostram que 56% dos entrevistados se identificaram com a primeira afirmação, que destaca a importância da liberdade de imprensa. Outros 40% preferiram a afirmação que destaca a harmonia social. Os restantes 4% ou não souberam ou não quiseram responder.O estudo observa que nos países em que as pessoas optaram mais pela afirmação que destaca a liberdade de imprensa, também foi verificada uma visão mais crítica sobre a isenção dos meios de comunicação. Foi este o caso na Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha, onde os entrevistados fizeram avaliações relativamente baixas sobre o desempenho da mídia em seus países quanto à precisão e honestidade.Além do grau de liberdade de imprensa nos países e a questão entre liberdade versus estabilidade, a pesquisa também comparou o desempenho do trabalho dos órgãos de comunicação públicos e privados, a preocupação sobre a crescente concentração das empresas de comunicação e o desejo de participação popular nos debates sobre o que é divulgado na imprensa.

Experimento com baratas prova que robôs influenciam seres vivos

Uma equipe de pesquisadores de Universidades da Bélgica, França e Suíça mostrou que baratas robóticas influenciam o comportamento social de baratas naturais, revelou a Science Mag nesta quinta-feira (15/11).O experimento misturou grupos de baratas e robôs autônomos e, mesmo sendo minoria, os robôs conseguiram influenciar o processo de decisões coletivas, criando um padrão global que não foi observado em sua ausência.As escolhas auto-organizadas são mecanismos observados em sistemas naturais e artificiais, principalmente em sistemas multi robóticos, que exploram a auto-organização como mecanismo principal para coordenação.
Os robôs são identificados pelas baratas verdadeiras como outras baratas, graças ao feromônio, que é espirrado na máquina para que elas não chamem a atenção dos insetos.No experimento, foi usado um círculo grande, com duas circunferências menores no centro - coberturas que formam sombras -, que podem abrigar o grupo inteiro.Enquanto as baratas robóticas adaptaram seu tempo de descanso ao das baratas verdadeiras, os insetos foram influenciados pela presença dos robôs, escolhendo, por exemplo, em qual abrigo ficar graças a interação com os indivíduos artificiais.As baratas também escolhem, coletivamente, em qual abrigo ficarão. Os insetos verdadeiros preferem os quiosques mais escuros e os robôs, o mais claros. As baratas robóticas, contudo, foram programadas para manterem o mesmo comportamento das colegas naturais.Em 93% das escolhas, os grupos mistos mostraram claramente que optavam por um abrigo específico, sendo que 75% das baratas naturais e 85% das baratas robóticas ficaram sob o mesmo “teto”.A conclusão é que os robôs podem, portanto, usar sua habilidade de responder e se adaptar ao comportamento animal para auxiliar pesquisadores em estudos de comportamentos individuais e sociais de animais.O experimento também prova ainda que seres vivos se adaptam à presença de máquinas na sociedade, e vice-versa.

fonte: http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/11/14/idgnoticia.2007-11-14.7425893476/

Brasileiros são os 'mais preocupados' com concentração da mídia

Os brasileiros são os mais preocupados com a concentração dos meios de comunicação nas mãos de um "pequeno número de grandes empresas do setor privado", revelou uma pesquisa de opinião sobre liberdade de imprensa, encomendada pelo Serviço Mundial da BBC. A sondagem feita pelas empresas de pesquisa GlobeScan e Synovate avaliou a opinião de 11.344 pessoas em 14 países por meio de um questionário. Segundo o levantamento, 80% dos brasileiros se mostram preocupados com a propriedade das companhias de mídia e acreditam que esse controle pode levar à “exposição das visões políticas” de seus donos no noticiário.
Entrevistados de outros países também compartilham da mesma opinião, como no México (76%), nos Estados Unidos (74%) e na Grã-Bretanha (71%).
A sondagem mostrou, no entanto, que ao mesmo tempo em que são os mais preocupados com o controle e a concentração privada na mídia, os brasileiros também fazem a pior avaliação sobre o desempenho dos meios de comunicação financiados pelo governo.
Nessa parte do questionário foi considerada a opinião das pessoas em relação à “honestidade” e à “precisão” com que os órgãos de comunicação, públicos e privados, tratam a notícia.
De acordo com o estudo, 43% dos entrevistados acreditam que a cobertura do noticiário pelos órgãos públicos brasileiros é “pobre”; 32%, mediana; e 25% dizem que ela é “boa”.
Em contrapartida, os brasileiros tiveram uma opinião mais positiva quando foram indagados sobre o desempenho das empresas privadas: 37% acreditam que elas fazem um “bom” trabalho, 38% afirmam que ela é mediana e 25% dizem que sua atuação é “pobre”.
Voz
Os brasileiros também se mostraram os mais interessados em participar do processo de decisão sobre o que é noticiado: 74% dos entrevistados disseram que gostariam de “ser ouvidos” na escolha das notícias. Nessa pergunta, em seguida vieram os mexicanos, com 63%. Os russos, com 29%, foram os entrevistados que se mostraram menos interessados em influenciar na escolha do que é noticiado.
A pesquisa ainda avaliou que os brasileiros parecem “divididos” sobre a questão da liberdade de imprensa e estabilidade social.
Enquanto 52% opinaram que a liberdade para informar os fatos de forma honesta e verdadeira é importante para garantir uma “sociedade justa” – mesmo que isto implique em “debates desagradáveis ou efervescências sociais” –, outros 48% acreditam que “a harmonia e a paz social são mais importantes” e, portanto, o eventual controle do que é noticiado seria aceitável para o “bem comum”.
Curiosamente, avalia o relatório, a Venezuela foi um dos países cuja população mais priorizou a liberdade de imprensa em detrimento da estabilidade social (64%).
Entre todos os pesquisados, os americanos (70%), britânicos (67%) e alemães (67%) foram os que mais opinaram a favor da liberdade de imprensa como instrumento para garantir uma sociedade justa.
A pesquisa ouviu os entrevistados entre os dias 1º de outubro e 21 de novembro. A Oceania foi o único continente não incluído no levantamento. Na América Latina, o estudo foi realizado no Brasil, México e Venezuela.
O trabalho foi divulgado como parte das comemorações do 75º aniversário do Serviço Mundial da BBC.


fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2007/12/10/brasileiros_sao_os_mais_preocupados_com_concentracao_da_midia_1111978.html