Onde está o conhecimento que perdemos na informação?...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Brasil supera a marca de 20 milhões de internautas residenciais

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 31 de outubro de 2007 às 19h49
Atualizada em 31 de outubro de 2007 às 20h42

São Paulo - Número de internautas ativos em setembro cresceu 47% e tempo em comunidades aumentou 29%, em um ano, afirma Ibope/NetRatings.

Em setembro deste ano, 20,1 milhões de brasileiros acessaram a internet em casa, o que significa um crescimento de 47% em um ano, revela o relatório mensal do Ibope/NetRatings, divulgado nesta quarta-feira (31/10).

Considerando residências, trabalho e locais públicos, o número total de pessoas com acesso à internet no Brasil já é de 36,9 milhões.

Os brasileiros continuam na liderança em tempo de uso da internet residencial, com 22 horas mensais por pessoa. O tempo de acesso aumentou duas horas em relação a setembro de 2006.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/internet/2007/10/31/idgnoticia.2007-10-31.0016378053/
George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, (Bengala, 25 de Junho de 1903Londres, 21 de Janeiro de 1950) foi um escritor britânico, mais conhecido pelas suas duas obras maiores, A Revolução dos Bichos e 1984. Poucas pessoas, mesmo entre as que lhe eram próximas, conheciam o seu verdadeiro nome, de tal forma o pseudónimo se tornou a sua segunda natureza. A adopção deste "nom de plume" correspondeu a uma profunda alteração na vida e nos ideais do homem - de uma figura do sistema no Império Britânico, ele se tornará num rebelde, constantemente crítico. Morreu de tuberculose, na miséria.
Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (título original Nineteen Eighty-Four) é o título de um romance escrito por ele e publicado em 8 de Junho de 1948 que retrata o cotidiano numa sociedade totalitária. O título vem da inversão do dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948.
O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias, junto com Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo e Laranja Mecânica. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é onipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada.

wikipédia

Quarto poder

A Mídia criou um poder paralelo ao Estatal tão forte, que a muito passou a ser uma ameaça aos interesses das classes governantes, enquanto a mídia não é seu aliado. Diz-se até que ela é o 4º Poder (Executivo, Legislativo, Judiciário e Midiático). Desconfio que ela até mesmo em muitas vezes está a frente destes poderes e que constantemente troca de lugar com eles, do 1º ao 4º.
A Mídia pode construir reputações e governos, ao mesmo tempo em que pode execrá-los e demoli-los. Exemplo típico foi o forte apoio, por exemplo, da revista Veja! em 89 para a candidatura de Fernando Collor de Melo, e foi a mesma revista Veja! que em 92 publicou uma matéria com o irmão de Collor sob o título: “Irmão de Collor conta Tudo”. Passo esse decisivo para a destituição de Collor à presidência e o amaldiçoamento de seu nome nos meios públicos. O mesmo exemplo serve à Rede Globo que caluniou e forjou o Debate entre os Candidatos Collor e Lula, este último, na época, causando vários mal estares em todo o ramo da direita e políticos anti-populares, que se uniu contra a ameaça do PT e de Lula. Editaram fantasticamente o debate, favorecendo Collor, e em 92 foram obrigados a livrarem-se do "monstrinho feio" na qual tinha se tornado Collor. Porém, ainda omitem dizer que é da família Collor a filial que transmite os programas da Tv Globo em Alagoas, que por sinal é a mesma que controla toda a mídia impressa local, e que é Antônio Carlos Magalhães, ex-cordial amigo de Marinho e dono da filial que retransmite a Globo na Bahia. As três famílias, Magalhães, Collor e Marinho, tinham e tem relações familiares, políticas e econômicas que vem dês dos tempos da ditadura e sempre se deram muito bem, por sinal até mesmo com a própria ditadura, num coronelismo próprio que eles fazem muito bem. O PT, que sempre defendeu a liberdade de imprensa como característica fundamental da democracia, dá agora esse desjeitoso passo e faz a experiência de passar de pedra para vidraça, acirrando ainda mais suas contradições e as contradições do Estado, após toda a saraivada de críticas que grande parte da imprensa, com rabo preso aos grandões da economia, deu a sua política econômica e aos escândalos envolvendo seus acessores. O PT tenta agora controlar os ataques ao seu governo tentado colocar a mídia ao seu lado, ou melhor, dentro dessa jaula Estatal, mesmo que essa medida tenha que se impor através da coerção.

Tema abordado no seminário

Programa: URBANO
Tema: Monitorados


Portarias, elevadores, salas de espera, lojas, ônibus...se fôssemos realmente sorrir a cada vez que somos filmados, não faríamos outra coisa o dia todo. Somos vigiados em praticamente todos os lugares: seja por câmeras de segurança,conversas gravadas no telefone ou até por localizadores em veículos e celulares. Sacrificamos cada vez mais nossa privacidade em troca de segurança. Mas até que ponto temos escolha? E será ainda que todo esse aparato realmente garante nossa tranqüilidade?

REUNIÃO DE PAUTA NA WEB:
Toda quinta 20h
EXIBIÇÃO NA TV:
Toda quinta 23h15
ALTERNATIVOS:
sáb, às 17h30; Dom, às 9h e 21h45; Seg, à 1h30 e 18h30; Ter, às 7h30 e 16h; Qua, às 13h.

Para maiores informações:
http://globosat.globo.com/multishow/tv/programas/tema.asp?tid=143

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Globo pede alteração de matéria

O departamento comercial da TV Globo ligou para o Meio & Mensagem solicitando que a abordagem de uma matéria sobre a audiência na TV aberta fosse alterada. A sugestão foi levada à direção e, posteriormente, para a redação. Em uma reunião de pauta, os repórteres do veículo souberam do pedido e a editora-chefe e coordenadora de conteúdo, Regina Augusto, pediu que o repórter Alisson Ávila fizesse a mudança. O jornalista se recusou, foi demitido e levou a matéria à CartaCapital, que deu capa desta semana à reportagem.
http://www.comunique-se.com.br/

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Globo, Record e SBT se unem contra TV pública

da Folha Online

Globo, Record e SBT se uniram para agir contra a TV de Lula, informa a coluna Outro Canal, de Daniel Castro, na edição da Folha de S.Paulo de hoje.

Preocupadas com a eventual perda de publicidade oficial, as principais redes do país deflagraram uma campanha nos bastidores políticos para modificar a medida provisória (MP) que criou a Empresa Brasil de Comunicação-- futura rede pública do governo federal.

Os canais, que integram a Abert (associação das TVs), reivindicam emendas que definam o que é publicidade institucional e apoio cultural. A intenção é limitar o financiamento da TV pública com publicidade.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u340670.shtml

O real e o distorcido

Acho que a maior discussão do momento, exposta por maneiras diferentes é: o que é a realidade?

Até então, o homem apenas concordava com a informação oferecida. Os livros eram quase inquestionáveis, os professores também.

Com o surgimento de novas mídias, esse pensamento mudou.

A revista ÉPOCA desta semana apresenta como capa O que estão ensinando às nossas crianças?

Isso porque finalmente resolvemos questionar o que é ensinado pelos livros indicados nas escolas.

Quais autores confiar? Quais deles distorcem a realidade? O que realmente aconteceu? Qual é a realidade?

Escutei no noticiário da rádio Nova Brasil que Hugo Chaves comunicou que vai enviar livros gratuitos para as escolas brasileiras, a fim de melhor ensinar a história da Venezuela que, segundo ele, vem distorcida pelos livros. Não tenho dúvidas que a versão de Chaves deve realmente ser diferente das oferecidas pelos livros.

Com a internet, tanta informação é colocada à disposição que o questionamento começou.

Quem está por trás dos textos que lemos todos os dias?

Acredito sim que os blogs são muito interessantes e que o google salva a minha vida, mas é preciso cautela. É preciso buscar fontes confiáveis e ter senso crítico para questionar o que se lê.

Está cada vez mais difícil distinguir o que é real, do que foi manipulado. O que realmente aconteceu na história do Brasil, por exemplo?

Livro "1984"

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (título original Nineteen Eighty-Four) é o título de um romance escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell e publicado em 8 de Junho de 1948 que retrata o cotidiano numa sociedade totalitária. O título vem da inversão do dois últimos dígitos do ano em que o livro foi escrito, 1948.

O romance é considerado uma das mais citadas distopias literárias, junto com Fahrenheit 451, Admirável Mundo Novo e Laranja Mecânica. Nele é retratada uma sociedade onde o Estado é onipresente, com a capacidade de alterar a história e o idioma, de oprimir e torturar o povo e de travar uma guerra sem fim, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada.

Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/1984_(livro)

sábado, 27 de outubro de 2007

PACIÊNCIA

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... e o bem comportado executivo?

O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida?Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

Arnaldo Jabor

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Seu bichinho de estimação também pode ser high-tech; veja como

LILIAN FERREIRA | Do UOL Tecnologia


Os Jetsons inspiraram gerações a esperar milagrosas engenhocas para o futuro. Filmes futuristas também —lembra-se do começo do primeiro "De volta para o futuro", quando dr. Brown cria um mecanismo para dar comida na hora marcada para seu cachorro Einstein? Na época talvez você tenha pensado: "que legal seria ter um desse em casa". Pois se ainda não voltamos no tempo ou andamos em carros voadores, seu cachorro já pode ter um dispensador automático de comida —e você pode até localizar seu bicho de estimação por GPS, caso ele se perca.

Mais informações: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/10/26/ult4213u169.jhtm
Paparazzi atraíram carro de Diana para o túnel, diz testemunha

Uma testemunha descreveu ao júri que investiga a morte da princesa Diana na quinta-feira, sua teoria da conspiração de que os paparazzi atraíram o carro dela para o túnel de Paris onde aconteceu a batida que a matou. A intenção dos fotógrafos era bater fotos de Diana com seu namorado, Dodi al-Fayed. O inquérito judicial, que se realiza em Londres, também ouviu de outras testemunhas presentes ao local da batida que fotógrafos que cercavam o carro destruído gritaram "Ela está viva".

ACIDENTE
Diana, 36, o namorado Al Fayed, 42, e o motorista Henri Paul morreram na madrugada de 31 de agosto de 1997, depois de o carro em que estavam bater contra um pilar do túnel. Eles saíam do hotel Ritz e eram perseguidos por fotógrafos. O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, afirma que as mortes foram resultado de uma trama de agentes secretos britânicos a mando do marido da rainha Elizabeth, o príncipe Philip, porque Diana estava grávida e o casal estava prestes a anunciar o noivado. Investigações conduzidas pela polícia britânica e francesa concluíram que as mortes foram provocadas por um acidente, causado pelo excesso de velocidade e pelo fato de o motorista estar embriagado. Pela lei britânica, o inquérito judicial é realizado sempre que alguém morre de causas não naturais.

LIVRO
Jacques Morel, que está escrevendo um livro sobre sua teoria da conspiração, disse aos jurados que havia um plano dos fotógrafos para parar o carro de Diana dentro do túnel, de modo que eles conseguissem uma história exclusiva. Morel afirmou ao tribunal, por videoconferência desde Paris, que viu fotógrafos esperando o Mercedes na entrada do túnel antes da batida, e que o mentor da trama era o fotógrafo francês James Andanson. Ele afirmou que sua teoria também se baseia num "arquivo explosivo" a que ele teve acesso, mas que não apresentou ao júri. Segundo ele, o objetivo do plano era conseguir um furo. Para Richard Horwell, advogado da polícia, Morel quer é vender o máximo de livros possível. "Imagino, sr. Morel, que o senhor não tem nenhum interesse na verdade", disse ele à testemunha. Depois foi ouvido o depoimento de outras testemunhas que contaram ter visto os paparazzi cercando a cena da batida. "Um deles estava gritando", disse Audrey Lemaigre. "Em determinado momento ele disse: 'ela está viva, ela está viva'." Sebastien Masseron, que estava com Lemaigre, afirmou: "Ouvi um fotógrafo chamar um colega que estava numa moto na saída do túnel e dizer: 'Volta, volta, ela está viva."' Diana chegou a ser levada ao hospital, mas os médicos declararam sua morte poucas horas depois.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Campanha contra homofobia gera polêmica na Itália

Valquíria Rey
De Roma



Reprodução mostra campanha lançada na Itália pelo governo da região Toscana. Com o slogan "orientação sexual não é uma escolha", a campanha contra a homofobia gerou polêmica.

Para mais informações: http://noticias.uol.com.br/bbc/2007/10/24/ult36u46114.jhtm

domingo, 21 de outubro de 2007

Globo veta comercial com trio da Record

A Globo vetou uma campanha publicitária de uma instituição de ensino superior que pretendia, inicialmente, juntar os três apresentadores do "Hoje em Dia", da Record.
Por causa da restrição, só foram gravados comerciais para televisão em que Ana Hickmann, Britto Jr. e Eduardo Guedes aparecem separadamente anunciando as Faculdades Anhangüera. Nos anúncios em jornais e na internet, os três apresentadores do matinal da Record estão lado a lado.
Um executivo da Globo confirmou à Folha que a publicidade com os três juntos foi vetada porque remeteria o telespectador ao programa da concorrente e seria quase uma "chamada para a Record".
O veto, no entanto, foi embasado em uma norma da Globo. Essa instrução proíbe qualquer artista da emissora de fazer comerciais interpretando seu personagem. Com o objetivo de preservar os respectivos programas, o elenco de "A Grande Família", por exemplo, não pode fazer um comercial junto. Nem Ana Maria Braga pode anunciar com o Louro José. As restrições também valem para programas da concorrência.
No caso da campanha do trio do "Hoje em Dia", não houve regravações de comerciais, porque a Globo foi consultada antes. A Folha apurou, no entanto, que o veto frustrou o anunciante. Ele contratou os três apresentadores pensando em tê-los juntos na TV.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1910200704.htm

sábado, 20 de outubro de 2007

Oliviero Toscani, fotógrafo, publicitário e grande provocador: "Somos todos anoréxicos"

Laura Lucchini
Em Milão

A fotografia de uma mulher esquelética e completamente nua deu a volta ao mundo depois de aparecer em enormes outdoors distribuídos por cidades como Paris e Milão. Essa imagem dramática era acompanhada de uma mensagem: "Não à anorexia No-l-ita". Tratava-se de uma campanha publicitária da marca italiana No-l-ita, para a qual o criador dessa imagem, Oliviero Toscani, trabalha hoje, depois de sua ruptura com a Benetton. Com seu tom cínico e amável ao mesmo tempo, ele recebeu este jornal na sede da equipe de futebol Inter de Milão, de cuja imagem também cuida.

Oliviero Toscani fez aquilo de novo. Ele é o autor da imagem que provocou a última grande polêmica no mundo da publicidade, ao enfocar o drama de uma garota, Isabel Caro, que sofre de distúrbios alimentares e pesa 31 quilos. Toscani, hoje com 65 anos, trabalhou para a marca de roupas Benetton entre 1982 e 2000, e a imagem da empresa foi identificada com suas fotografias mais polêmicas: a de um doente de Aids que parecia um Cristo de Mantegna rodeado por seus familiares, ou os retratos dos condenados à morte no Texas. Estes provocaram a ruptura de seu casamento com a Benetton, que durou 18 anos. Hoje, como na época, meio mundo foi contra ele por explorar o sofrimento alheio. E ele, como na época, muito seguro de si, parou para observar o efeito em cadeia produzido por sua provocação. "Somos todos anoréxicos. A isso se deve o sucesso", afirma.


Campanha que mostra modelo anoréxica, fotografada por Toscani, é visto em rua de Roma

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Visite o site do El País

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2007/10/20/ult581u2295.jhtm

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Acenda a chama da discussão e do pensar

Em 1º de outubro, Luciano Huck escreveu à Folha relatando um assalto que sofreu, onde levaram seu relógio Rolex. Depois disso, muitos rebateram seus argumentos...

Sobre a discussão em torno da queixa de roubo do Luciano Huck, eu gostei.
Não do texto dele, ou dos contra-argumentos que surgiram depois, por leitores indignados.
Gostei da provocação populacional. Dos aplausos e uivos raivosos.
Não cabe a mim selecionar e julgar culpados. O problema de São Paulo, e mais que isso, do Brasil, é muito maior do que essa guerra do “rico-não-tem-o-direito-de-reclamar” versus o “pobre-que-pode-tudo-porque-é-pobre”.
O problema está nas escolhas, nas eleições de falsos governantes, está em todos e está em tudo.
Luciano tem o direito de ser rico, de ter um Rolex e de ficar furioso por ter sido roubado.
O ladrão também tem os argumentos dele, que não lhe dão o direito de roubar, mas o direito de estar revoltado e ir à luta.

Li um texto muito bem escrito sobre o assunto, de um aluno da São Francisco. Em uma de suas críticas a Luciano Huck ele disse que a parte que ficou mais assustado sobre o texto do apresentador foi o momento em que ele se referiu aos assaltantes como “um par de “extraterrestres” fortemente armados desfilando pelos bairros nobres de São Paulo’”. O aluno diz que essa classificação é simplista e mais que isso, elitista tapada. Ele diz que essa expressão ‘extraterrestres’ mostra como o pensamento de Luciano é fraco e limitado.

Ele quer que seja levantado um muro entre os ricos e a pobres? O que ele quer exatamente que aconteça?

Luciano se denuncia com essa frase mostrando como, no fundo, o que ele quer mesmo é que os bandidos fiquem quietinhos enfiados em seus barracos assistindo ao ‘Caldeirão’ e mandando cartinhas para terem seus carros reformados.

Brilhante.

O que Luciano não percebeu ao fazer suas reivindicações é que ele estava pisando no calo errado. Os bandidos que ele chama de extraterrestres também são os que assistem ao seu programa, dando-lhe dinheiro (que eles nem têm) para que Luciano compre seu Rolex.


Agora diversas mídias estão falando sobre o assunto. Saiu na Época, na Veja, em blogs, discussões de faculdade e bate-bocas de bar.

Comentários e debates são sempre bem-vindos para estimular o pensamento, buscar respostas e olhar sobre outros ângulos o mesmo ponto de partida.

Luciano pode não ter acertado nos argumentos que usou para se defender, nem ter tocado nos reais fatos-chave da sociedade, mas o apresentador revoltou, gerou polêmica e chacoalhou o coração quase morto e apagado de todo brasileiro que não desiste nunca, e disso eu gostei.

Acorda Brasil!

Como dizia Florestan Fernandes: "Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres".

Pequenos Grandes Consumidores



Documentario exibido pela GNT

SINOPSE: O estímulo ao consumo já não é mais direcionado só aos jovens e adultos.
A aposta das grandes marcas hoje são as crianças. As empresas querem conquistar os pequenos clientes desde o berço e investem em pesquisas para entender o que as crianças querem, já que são elas que mandam no dinheiro dos pais.

sexta - dia 19 às 15h05
sábado - dia 20 às 03h01
domingo - dia 21 às 06h01

Fonte: http://globosat.globo.com/gnt/

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Argentinos leiloam votos pela internet

Eleitores argentinos estão colocando à venda seus votos para a eleição presidencial do dia 28 de outubro em sites de leilão na internet.
Os lances iniciais variam entre o equivalente a cerca de R$ 0,50 e R$ 170.

Autoridades eleitorais argentinas dizem que não há muito o que possam fazer por causa de uma lacuna na lei.

Um dos eleitores, o médico Martin Minue, da província de Rioja, disse ao jornal Clarín que a iniciativa era uma forma de protesto contra "políticos inúteis".

"É um tipo de protesto e piada ao mesmo tempo", ele disse ao jornal.

Outro eleitor da mesma cidade, dizendo chamar-se Arielitogoliat, também colocou seu voto à venda e recebeu ofertas até do Brasil.

Segundo o jornal Infobae, Arielitogoliat dá sua palavra de que o voto "é novo e não foi usado", porque até agora não apareceu nuinguém que o tivesse merecido".

Votos foram colocados à venda também por argentinos da capital, Buenos Aires, e da província de Buenos Aires.

Pesquisas de opionião apontam que a favorita para vencer o pleito é a senadora e primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner, da Frente para a Vitória.

Fonte: www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/10/071016_eleitor_argentina_mv.shtml

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Minha vida como pingüim

As versões infantis dos mundos virtuais são até mais inventivas do que as dos adultos

Camila Pereira


Gabriela e Juliana: elas marcam hora com os amigos para brincar on-line

Elas são exemplos acabados de uma nova geração de crianças. Chegam da escola, dão uma volta no shopping, emendam com o jantar numa pizzaria e, se da maratona ainda sobra algum fôlego, vão a cinemas e livrarias. Mas nada disso se passa no mundo real. Os passeios são feitos em universos virtuais nos quais as crianças vivem pela internet situações que simulam a realidade, sempre representadas por um personagem que elas próprias criam. Os personagens têm nome, idade e até jeito de ser – tal qual o Second Life, o mundo virtual que faz sucesso há mais tempo entre os adultos. Dessa nova leva de sites infantis, uma pesquisa mostra que o mais freqüentado por crianças do Brasil e de vários outros países é o Club Penguin, da Disney, uma cidade de pingüins cujo total de "habitantes" já é semelhante ao de metrópoles como Mumbai, na Índia: são 12 milhões de espécimes, a quem dão vida crianças de cinco continentes. Em paisagens pontuadas por lagos e montanhas nevadas, elas brincam de pescar, fazem campeonatos de bola de neve e praticam esqui, o esporte nacional do clube. O que as crianças afirmam ser mais divertido, no entanto, é a sensação de passar por situações típicas do mundo adulto, caso das amigas Gabriela Carlete e Juliana Bolletta, ambas de 10 anos: elas arranjaram emprego, escreveram para o jornal Penguin Times e têm dinheiro (em suas carteiras virtuais) para gastar – tudo em companhia de uma turma de amigos, que marca hora e lugar para navegar no tal clube.

Fonte: http://veja.abril.uol.com.br/171007/p_099.shtml

Recorde de contravenção

Tropa de Elite já conta com milhões de espectadores.
Mas poucos deles pagaram pelo ingresso de cinema
Silvia Izquierdo/AP


DINHEIRO QUE O DIRETOR NÃO VIU
Cópias pirateadas de Tropa de Elite apreendidas: um prejuízo em bilheteria e impostos difícil de calcular

Quando receberam os resultados de uma pesquisa feita pelo Ibope na semana passada, os produtores de Tropa de Elite encontraram ali um número animador: 35% dos entrevistados declararam que pretendem assistir ao filme no cinema – o que equivaleria a algo como acachapantes 22 milhões de indivíduos. Outro número contido na pesquisa, porém, é ainda mais assombroso. Estima-se que mais de 11 milhões de pessoas já tenham visto o filme, embora ele tenha estreado há dias apenas. Como? Em cópias ou downloads piratas, claro."Na primeira batida policial, foram apreendidos milhares de DVDs. No dia seguinte, os camelôs voltaram às ruas alardeando 'o filme que a polícia quer proibir'. Venderam o dobro", conta o diretor José Padilha, que diz ter levado "um banho de criatividade" do comércio ilegal. O qual, a esta altura, já fez de Tropa de Elite um sucesso também nas ruas de Moçambique, Angola e Portugal.

É impossível calcular as perdas que o estouro de Tropa de Elite na pirataria representa, em bilheteria, em impostos e em concorrência desleal com os comerciantes que pagam suas taxas. Padilha acha que essa febre provocada por seu filme contém algumas mensagens: existe uma enorme demanda por filmes nacionais que saibam do que e como falar ao público; e os exibidores e distribuidores estão perdendo boas oportunidades de atender a essa demanda e faturar com ela, baixando preços de ingressos e DVDs para ganhar em escala. Enfim, por meios estritamente legais. Pirataria é crime organizado, tanto quanto o tráfico de drogas. Na melhor das hipóteses, já começa por envolver corrupção e conspiração criminosa. "Não vou dar nome aos bois (o nome, no caso, seria o do ministro Gilberto Gil), mas há pessoas sugerindo por aí que a pirataria é uma forma democrática de disseminação da cultura. Isso é loucura. Não se pode ter posição dúbia quanto a isso: a única cultura que a pirataria dissemina é a da contravenção", diz Padilha. E vale lembrar que, também como no caso das drogas, é o usuário recreativo (aqui, na acepção da palavra) que sustenta essa organização criminosa, com seus 5 reais aqui, 5 reais ali.

Fonte: http://veja.abril.uol.com.br/171007/p_086.shtml

Novela da Globo finalmente chega à Índia

A TV Globo fechou na semana passada um acordo com o Sahara One, um dos maiores grupos de comunicação da Índia. O conglomerado vai lançar em dezembro um novo canal, o Firangi Channel, que promete o "melhor da programação internacional". As novelas e minisséries da Globo estarão nessa programação, dubladas, junto com as séries americanas e os documentários britânicos.
O canal terá dois horários para as produções da Globo. É a primeira vez que a rede rompe a fronteira da Índia.
O negócio, fechado na MipCom, uma das principais feiras de TV do mundo, em Cannes (França), foi muito festejado. Segundo país mais populoso do mundo, a Índia é um grande produtor e consumidor de teledramaturgia. É difícil a entrada de produção estrangeira no país. A "conquista" da Globo reforça a estratégia da emissora na Ásia. A Globo reabriu recentemente seu "canal" para novelas na China (onde "A Escrava Isaura" fez muito sucesso) com "Da Cor do Pecado". Acaba de fechar um acordo com Macau e de vender "Sítio do Picapau Amarelo" para o Vietnã. Negocia a venda de "Amazônia" para o Japão e Coréia do Sul.
A minissérie de Glória Perez foi lançada na MipCom em dois formatos: um completo e outro de apenas três capítulos de 90 minutos cada, contando apenas a história de Chico Mendes. Essa versão é dirigida para países que não consomem novelas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Radiohead já teria alcançado 1,2 milhões de vendas com novo CD

11 de Outubro de 2007

O Radiohead vendeu cerca 1,2 milhões de cópias do disco In Rainbows apenas no primeiro dia de lançamento, segundo informa o site português Iol Musica.A banda não informou oficialmente o número certo de downloads feitos, entretanto, uma fonte próxima do grupo revelou ao site Gigwise que até a noite de quarta-feira mais de um milhão de cópias haviam sido vendidas pela internet.In Rainbows foi lançado ontem através do site da banda através de uma iniciativa revolucionária na internet. Cada comprador pode pagar o que acha justo e possível pelas músicas. A ação da banda provocou um forte impacto nos processos das gravadoras e fomentou o debate.

Da redação por Raquel Camargo

Radiohead vende novo CD pela internet


Há alguns dias eu postei aqui sobre a inovação do cantor Gilberto Gil em sua última turnê “Banda Larga” que além de liberar fotos e filmagens para os fãs, transmitiu um dos shows ao vivo na internet e também disponibilizou todo o material da turnê em seu site.

A banda de rock britânica Radiohead essa semana foi um pouco além. Sem gravadora desde 2005, decidiu lançar seu novo álbum na internet. No site http://www.inrainbows.com/, que remete ao nome do álbum “In Rainbow” seus fãs podem baixar todas as músicas de forma gratuita ou decidir o quanto quer pagar desde ontem, dia 10.

O CD também será vendido em formato físico - um box que contém o novo álbum em CD, um disco duplo de vinil e um CD multimídia com sete faixas adicionais, fotos, arte e letras. O pacote custa 40 libras (cerca de R$ 160,00) e só será entregue próximo do dia 3 de dezembro.

A proposta inédita no mercado fonográfico parece interessante para fãs, e é uma nova forma de experimentar o comércio direto pela internet.

Ou será uma nova estratégia de marketing nesse mercado em questão?

Deixo a música Creep, um dos primeiros sucessos do Radiohead para refletir.

Radiohead - Creep

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Sistema de telepresença chega ao mercado nacional

Tecnologia cria reprodução digital de pessoas que estão distantes. Sistema pode ser útil para reuniões em empresas e chega ao Brasil em dezembro.


Um sistema que permite a realização de reuniões com pessoas que estão distantes como se elas estivessem realmente presentes no local começará a ser comercializado no Brasil. A telepresença, tecnologia que combina áudio e vídeo através de uma rede de protocolo de internet (IP), proporciona uma experiência realista ao reproduzir em tamanho real a imagem de pessoas que estão distantes, mas participando de forma virtual de uma reunião. Além do tamanho, as imagens também são ambientadas para que a pessoa realmente pareça fazer parte do lugar –- ela aparece sentada na mesa de reunião do grupo, por exemplo, e sua voz é direcionada, deixando a interação mais realista. O sistema funciona em uma sala na qual é instalado um ramal. Quando é completada uma ligação para esse aparelho de telefone, ele é identificado de maneira automática e a transmissão começa. A sala também é equipada com câmeras de alta definição, que funcionam sem interferência do usuário. O produto será disponibilizado no Brasil pela operadora Embratel, com sistema da empresa de tecnologia Cisco, e estará disponível aos escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro até o final deste ano. Não foi divulgado preço do equipamento; segundo os fabricantes, ele varia de acordo com as necessidades e a estrutura de cada empresa.


Pessoas que aparecem no fundo da imagem não estão presentes na cena, são representações digitais do sistema de telepresença, que também reproduz o ambiente e as vozes de maneira realista (Foto: Divulgação)

1984 de George Orwell











O Mundo está dominado por um regime totalitário, onde todas as liberdades são estritamente limitadas pelo Estado... principalmente a privacidade.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Big Brother lidera 13º ranking da baixaria na TV


Por Patricia Roedel

A coordenação da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" divulgou o 13º Ranking da Baixaria na TV. Foram analisados os programas televisivos que receberam o maior número de reclamações de telespectadores, por telefone e pela internet.
O programa campeão de denúncias foi o Big Brother Brasil 7, da Rede Globo. As reclamações vão desde a exposição de pessoas ao ridículo, discriminação, vocabulário inadequado e apelo sexual. O programa Pra Valer, da Rede Bandeirantes, ocupou o segundo lugar. A maioria das reclamações foi motivada pela incitação à discriminação religiosa e à violência contra animais. Em terceiro lugar ficou a novela Pé na Jaca, da Rede Globo, por exibir uma grande quantidade de cenas de sexo e incitar a violência física contra mulheres e crianças. Ocupando o quarto lugar, ficou o programa A Tarde é Sua, da Rede TV. Os depoimentos recebidos e analisados pela campanha mostram que o programa banaliza os valores morais e vulgariza as relações humanas. Em quinto lugar, ficou a novela Paraíso Tropical, da Rede Globo, por suas várias cenas de sexo e violência.
A campanha foi lançada em novembro de 2002 e já registrou 31.875 denúncias, sendo que de janeiro a agosto deste ano foram contabilizadas aproximadamente 2 mil reclamações de telespectadores insatisfeitos com a qualidade e com a falta de ética da programação televisiva, além do desrespeito aos direitos humanos. As denúncias foram analisadas pelo Comitê de Acompanhamento da Programação, formado por representantes das mais de 60 entidades que assessoram a Comissão de Direitos Humanos e Minorias na campanha.
Para um dos coordenadores da campanha, o professor Edgard Rebouças, da Universidade Federal de Pernambuco, o ranking da baixaria na TV é apenas um dos instrumentos que a sociedade tem para exercer seu efetivo papel de acompanhamento da mídia. "É sempre bom lembrar que as emissoras de rádio e televisão são concessões públicas, sendo que boa parte delas passará por processo de renovação em 2007. Dessa forma, não basta usar o controle remoto para buscar ética e qualidade na programação, é preciso que os cidadãos utilizem seu direito de controle social. E o primeiro passo para isso é denunciar o que incomoda, pelo 0800 619 619", destaca Rebouças.
Fonte:

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Os 15 minutos de fama

MOACYR SCLIAR


No quinto minuto já tinha decidido: ficaria e enfrentaria a situação. Mostraria que podia estar por cima da carne seca

A história recente tem mostrado que, após a superexposição à mídia, logo logo apagam-se os holofotes, desligam-se as câmaras, recolhem-se os microfones.
Cotidiano, 1º de outubro de 2007

No futuro, cada um será mundialmente famoso durante 15 minutos. Andy Warhol. A frase consta do catálogo de uma exposição de seus trabalhos artísticos em Estocolmo, 1968.

NO PRIMEIRO MINUTO DE fama ela reagiu com incredulidade: embora não fosse exatamente uma pessoa obscura -conhecia gente importante-, nunca imaginara que atrairia a atenção das pessoas daquela maneira. Os jornalistas simplesmente enxameavam ao redor. Ela não podia ir ao shopping ou ao restaurante, não podia sequer sair de casa: num segundo eles estavam a seu redor, crivando-a de perguntas.
No segundo minuto a sensação de desconforto aumentou; era constrangimento, misturado com estranheza, e mesmo raiva: afinal, o que esta gente quer de mim? Por que tanta foto, por que tantas câmeras apontadas em minha direção, por que tantos microfones? Por que não me deixam em paz, por que não cuidar de crimes, seqüestros, roubos?
No terceiro minuto, a angústia chegou a tal ponto que ela resolveu fugir. Desapareceria da cidade, do país. Sumiria até ser esquecida, o que, esperava, não demoraria muito.
No quarto minuto, entretanto, resolveu se acalmar. Não, não poderia tomar uma decisão precipitada, mesmo porque ela não estava sozinha naquela história; outras pessoas poderiam não gostar se ela de súbito sumisse.
No quinto minuto já tinha decidido: ficaria ali e enfrentaria a conjuntura com serenidade. Mostraria que podia estar por cima da carne seca. No sexto minuto essa nova atitude começou a proporcionar resultados. Estava enfrentando com a maior tranqüilidade o assédio da mídia e até ensinando os jornalistas sobre como proceder.
No sétimo minuto sentia-se completamente tranqüila e mesmo senhora da situação. Uma metamorfose que, claro, envaidecia-a.
No oitavo minuto deu-se conta de que era preciso organizar-se, se queria mesmo transformar o limão em limonada, em tirar o proveito possível do acontecimento.
No nono minuto começou a traçar estratégias, a criar fluxogramas. Organizada sempre fora -e aquilo era um teste para sua capacidade de administrar crises (ou, pelo menos, situações inusitadas).
No décimo minuto estava com o esquema pronto, mas então a dúvida assaltou-a: o que mesmo ela queria? A fama? O dinheiro? Ou a fama e o dinheiro, tudo junto?
No décimo segundo minuto deu-se conta: o breve instante de vacilação cobrara seu preço. Boa parte da mídia já estava interessada em outros casos.
No décimo terceiro minuto sentiu que estava perdendo a batalha. O que deixou-a verdadeiramente desesperada.
No décimo quarto minuto, sozinha em seu apartamento, sentiu-se cansada, muito cansada. O calor era infernal e o ar condicionado estava estragado. O que fazer?
No décimo quinto minuto, irritada, decidiu: tirou a roupa. E aquilo lhe deu uma idéia. Uma grande idéia sobre como fazer render os seus 15 minutos de fama. Por que não posar nua para uma revista? A fama é transitória. A nudez, ao contrário, nos acompanha por toda a vida.


MOACYR SCLIAR escreve às segundas-feiras, nesta coluna, um texto de ficção baseado em notícias publicadas na Folha

Adolescentes no mundo sombrio dos paparazzi de Hollywood

Mayrav Saar

De pé em meio a uma multidão de paparazzi em sua maioria mal-humorados, com roupas amarfanhadas e expressões cansadas, ele balança o corpo para frente e para trás, usando tênis, aguardando pela sua oportunidade nesta noite fria de obter uma foto valiosa de Justin Timberlake, Hayden Panettiere ou de qualquer outro indivíduo cobiçado pelos tablóides que estiver participando da festa lá dentro.
Os outros fotógrafos mal tinham notado a presença de Lady Victoria Hervey, uma socialite britânica muito procurada pela imprensa inglesa, quando Blaine correu até a linha de frente, tirando uma foto. E, ao contrário dos outros paparazzi, ele não precisou gritar o nome dela para chamar a atenção da mulher.
"Você é tão novo!", exclamou Lady Victoria em meio a um pipocar de luzes de flashes. "Deveria estar dormindo. Onde estão os seus pais?".


Os paparazzi Blaine Hewison, 15, de boné, e Austin Visschedyk, 14, em Beverly Hills

Em uma era na qual até mesmo as imagens mais mundanas dos não muito famosos são material de consumo de revistas e websites, quase todo mundo que possui uma câmera, ao que parece, é capaz de ganhar a vida como fotógrafo de celebridades. Até mesmo dois garotos que ainda não começaram a fazer a barba.
Desde fevereiro, Blaine, 15, e o seu melhor amigo, Austin Visschedyk, 14, passam as noites rondando clubes noturnos, restaurantes e festas particulares, à espreita de pessoas como Britney Spears, Lindsay Lohan e Paris Hilton, declarando-se os paparazzi mais jovens neste ramo de negócios.
"Essas pessoas ficam bastante chocadas ao nos ver", diz Blaine, um fotógrafo amador magro e de voz suave que tem a sua própria companhia fotográfica, a Pint Size Paparazzi.
...

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2007/10/08/ult574u7873.jhtm

Lançamento antecipado


Depois de virar um sucesso de vendas pirata, “Tropa de elite” chega aos cinemas de São Paulo e Rio nesta sexta-feira (5). No resto do Brasil, a produção desembarca no dia 12.
Por conta do vazamento do filme, a estréia foi antecipada e terminou também gerando uma grande discussão sobre a pirataria. “O filme foi lançado antes mesmo de ser lançado”, diz Padilha.
“Mas acho que as pessoas estão mais conscientes. Outro dia mesmo recebi um email de um cara que tinha visto o piratão, ele perguntava qual era o número da minha conta bancária para depositar o dinheiro que me devia”, conta o cineasta rindo.
Padilha afirma não saber como o fenômeno da pirataria vai influenciar na bilheteria de “Tropa” e nega que o vazamento tenha sido um golpe de marketing. “Isso é fato”, diz.
Para o diretor, quem já viu a versão pirata pode esperar uma nova experiência nos cinemas. “A montagem e a finalização não são iguais, a narração é outra, e tem cenas que não existiam”, revela.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL144487-7084,00.html

São Paulo vive uma semana dedicada à cultura

A 3ª edição do Corredor Literário, na avenida Paulista, traz uma programação repleta de atividades para todos os gostos, recheada de literatura, música e informação.
A partir do dia 08 de outubro, a Avenida será invadida por letras gigantescas, indicando os 15 locais que abrigarão os diversos ciclos de debates, saraus poéticos, mostras cinematográficas, performances de rua, peças teatrais, oficinas, leituras dramáticas, dentre tantas outras manifestações de amor à literatura e às artes. Serão mais de 150 atividades.
As letras gigantes que enfeitarão a mais famosa paisagem paulistana sofrerão, durante toda a semana, intervenções de diversos artistas plásticos e escritores, e serão leiloadas ao fim do evento. O dinheiro arrecadado será destinado à construção de bibliotecas públicas no interior do estado de São Paulo.
O Corredor contará ainda, no dia 12, com uma programação especial para as crianças, visando incentivar o gosto pelos livros desde a infância, missão importante em meio a um mundo dominado por tecnologias descartáveis e bombardeio da informação rápida e imprecisa da Internet.
O evento será prestigiado por diversas personalidades literárias e artísticas de renome, como Alberto Dines, Ignácio de Loyola Brandão, Índigo, Ivan Ângelo, Ivana Arruda Leite, Laurentino Gomes, Marçal Aquino, Marcelino Freire, Maria José Silveira, Pedro Bandeira, Ruth Rocha e Tony Bellotto.
Todos os eventos serão gratuitos, devendo-se atentar para a distribuição de ingressos limitados em eventos realizados em espaços fechados (lista completa e detalhes na seção programação).
Participe você também desta grande festa de papel, tinta e vida. Siga as letras.
Esperamos por você.

Texto retirado do site: http://www.corredorliterario.com.br/asp/pagina.asp?id=217

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Quando a mídia não serve para nada.......









Mano Brown foi à TV Cultura. O rapper que dizia não dar entrevistas, aceitou o convite do programa ao Roda Viva para falar no dia 25 de Setembro.

Foi a chance de jornalistas instigarem um personagem cheio de mitos, e de Mano Brown defender seus ideais e claro, vender discos.

Mas nada disso aconteceu.

Os entrevistadores não aproveitaram o poder que a tv, principalmente um canal da TV aberta, poderia exercer e o rapper também não.

Seria o momento de gerar polêmica, desmistificar, enviar uma mensagem aos ouvintes, ensinar, questionar, refletir.

O que se observou foi uma entrevista monótona, com respostas mornas, muitas vezes ignorante e de pouca interrogação.


A televisão intimidou Mano Brown? Mano Brown intimidou os entrevistadores? Foi tudo combinado? Ou Mano Brown não disse nada interessante, porque na verdade ele não tem nada interessante mesmo pra falar.

Segue abaixo a reportagem escrita por Reinaldo Azevedo, da revista Veja

Espetáculo grotesco na TV Cultura

Já participei muitas vezes do programa Roda Viva, como sabem. Escrever a respeito tem lá seus incômodos. Mas é do jogo. Alguns gostam das minhas intervenções; outros as detestam. Lá como cá, faço o que acho certo. Já tenho todos os amigos de que preciso. Se arrumar mais alguns, não reclamo. Mas não escrevo ou faço questões para ser simpático. Função de jornalista é incomodar, amolar o entrevistado. Ou tudo vira ação entre amigos. Nos tempos da ditadura, lembro do Canal Livre, de Roberto D'Avila, hoje com programa na Cultura. Como existiam "eles", os ditadores, e "nós", os que obedecíamos, havia certo sentido no clima de compadrio. A idéia era criar uma espécie de consenso do lado dos que se queriam "os democratas". O jornalismo, é evidente, perdia muito, mas todos os absolutos eram relativos debaixo do regime. Fazer encontros, hoje em dia, que se confundam com convescotes é prestar um desserviço ao jornalismo e ao telespectador.

Foi, infelizmente, o que aconteceu com a entrevista do rapper Mano Brown ontem. O resultado era esperado. Dos convidados, o único que poderia navegar na contracorrente era meu amigo José Nêumanne, que, visivelmente, a partir de determinado ponto da entrevista, desistiu de perguntar — na verdade, desistiu de participar do programa. Era inútil. Os demais — Maria Rita Kehl, psicanalista; Paulo Lins, escritor, professor de literatura e roteirista de cinema; Renato Lombardi, jornalista da TV Cultura; Ricardo Franca Cruz, editor-chefe da revista Rolling Stone Brasil, e Paulo Lima, editor da revista Trip, estavam ali para incensar Mano Brown. O que se viu ontem é o exemplo do que se espera de uma TV pública? Tomara que não! William Bonner e Fátima Bernardes entrevistando os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin no Jornal Nacional, para muitos milhões de telespectadores, na principal emissora privada do país, trataram os dois políticos com o desassombro que uma bancada formada pela TV pública não conseguiu ter com... um cantor.

Assistimos foi à renúncia do jornalismo — além, claro, de um desempenho especialmente patético: o de Maria Rita Kehl, de que falarei mais adiante. Estou dando muita importância a uma entrevista de um rapper? Não! Estou dando importância ao nosso dinheiro, leitor, que sustenta a Fundação Padre Anchieta. Uma das muitas diferenças entre a Globo e a Cultura é que a primeira não lhe custa nada; é de graça. A outra é financiada com a grana que sai dos impostos que os paulistas pagam. O conceito de TV pública vem sendo propagandeado por aí como a grande solução e a grande novidade do Brasil. É mesmo?

Leia a reportagem na íntegra: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/09/espetculo-grotesco-na-tv-cultura.html

E no you Tube:

Trecho Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=xNSwTLJq75A

Trecho Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=GrONAWkfGt0
Entrevista completa - áudio (muito comprida para ficar ouvindo nada sobre nada): http://www.divshare.com/download/2097328-4a5




segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Dano provocado pela TV na infância é reversível

Segunda-feira, 01 de Outubro de 2007
Saúde

As crianças que passam tempo demais diante da TV têm mais chances de desenvolver problemas de comportamento no futuro. O possível dano provocado por esse hábito, no entanto, é reversível -- desde que a mudança ocorra ainda na infância. As descobertas fazem parte de um estudo divulgado nesta segunda-feira por especialistas ligados à prestigiosa Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA. A pesquisa foi publicada na nova edição da revista médica americana Pediatrics.

O estudo foi feito com base no acompanhamento dos hábitos de 2.700 crianças americanas. As menores de cinco anos que assistiam à TV por mais de duas horas diárias tiveram maior incidência de problemas comportamentais, como dificuldade de relacionamento social e distúrbios do sono. As crianças que ficavam pouco tempo diante da TV aos 2 anos e muito tempo na frente do aparelho aos 5 -- ou seja, que aumentaram o tempo de exposição à TV -- tinham problemas de desenvolvimento.

Os pesquisadores notaram, porém, que as crianças que assistiam TV demais aos dois anos e reduziram sua exposição ao aparelho aos cinco não tiveram aumento algum na incidência de problemas de comportamento -- o que mostra que, se a mudança é feita a tempo, o possível dano é evitado. A chefe do estudo, Cynthia Minkowitz, disse que é "vital" instruir a população sobre os riscos do excesso de tempo diante da TV na infância. "Os médicos têm de mostrar que isso é importante."

Texto retirado do site:
http://vejaonline.abril.uol.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&textCode=131826&date=currentDate

Para executivos, baixaria na TV vai piorar

Coluna: Outro Canal
DANIEL CASTRO - dcastro@folhasp.com.br

Pesquisa feita pelo Ibope revela que a elite empresarial brasileira perdeu confiança na televisão e não acredita numa melhora dos níveis de violência e sexo na programação.

A pesquisa foi feita em julho com 537 executivos de 381 grandes empresas nacionais. Representa dois terços do "top management" do país. Seu principal objetivo era saber o que eles pensam sobre sustentabilidade e responsabilidade social. A margem de erro é de cinco pontos percentuais.

Sexo e violência na TV foram incluídos em lista dos "problemas crônicos do país", ao lado de moradia, pobreza e drogas.
Para 48% dos entrevistados, a violência e o sexo na televisão vão piorar -em 2005, esses percentuais eram, respectivamente, de 51% e 52%. Os que acreditam que os níveis vão se manter iguais, que eram de 35%, passaram a 45%. Em contrapartida, os que acham que a violência (14%) e o sexo (13%) vão melhorar agora são só 7%.

A confiabilidade plena na TV aberta, que era de 61% em 2005, foi reduzida para 52%. A TV também perdeu "eficiência". Com ela, há dois anos alcançava-se o que se buscava para 65% dos executivos. Hoje, só para 49%. Já a internet, que era vista como eficiente por apenas 29%, hoje satisfaz 75%. "As mídias modernas subiram em eficiência e as tradicionais perderam", conclui Paula Soria, diretora de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência.

Texto retirado do site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u332800.shtml