Onde está o conhecimento que perdemos na informação?...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Gilberto Gil e sua turnê Banda Larga

A última turnê do cantor Gilberto Gil que aconteceu nos últimos meses na Europa e no Brasil foi batizada de Banda Larga não por acaso. O ministro da cultura quis dedicar a turnê às novas tecnologias e ao problema de acessibilidade à propriedade intelectual. Ele acredita que "a cultura como um todo e a música, principalmente, devem se tornar livres e compartilháveis assim como o software Linux".

Cada apresentação dessa turnê foi aberta por uma voz que diz: "Pede-se aos senhores espectadores para que filmem e fotografem o show e para que o baixem no site de Gilberto Gil". "Estamos em uma fase de continua evolução. Não se pode pensar em defender o existente. É necessário procurar novos modelos, novas definições de direitos autorais e novos modos de remunerar os artistas", explicou Gil.

Em tempos de reality shows e transmissões online, o cantor abusou das possibilidades internéticas e disponibilizou em seu site – http://www.gilbertogil.com.br/ – fotos, vídeos e MP3 de todos os shows – muitos deles produzidos e enviados pelos fãs que estiveram presentes nos espetáculos. Toda a turnê foi transmitida ao vivo pelo site. Para completar, Banda Larga está no universo paralelo do Second Life e ganhou um blog.


  • Ao pesquisar sobre essa turnê encontrei uma entrevista com Gil que falou ao jornal O GLOBO sobre os rumos de sua carreira artística e como isso pode repercutir em sua atuação no governo Lula.

O GLOBO: A liberação de gravação e transmissão de seus shows na turnê “Banda Larga” vai se manter nos shows posteriores?


Gilberto Gil: Estou querendo encaminhar meu trabalho artístico cada vez mais para o ambiente digital. Quero aproveitar todas as possibilidades mais atuais de br oadcasting, webcasting, ipodcasting... E tudo isso envolve a grande mutação tecnológica pela qual a internet vem passando, que é a banda larga. Daí o nome da turnê. Vamos ver como será esse projeto em funcionamento na excursão da Europa. Não sabemos em que extensão vamos conseguir levá-lo adiante lá. Mas, daqui para a frente, sim, vou procurar fazer isso com todos os meus shows. Todo mundo pode filmar, fotografar, transmitir por celular


O GLOBO: Como o artista que quer aderir à licença pública resolve isso com sua gravadora? Gil: Tem de haver negociação. Acho que as gravadoras estão transitando de uma posição de resistência absoluta contra isso para uma postura de negociação e compartilhamento. Agora mesmo, a EMI resolveu pôr todo o repertório dela na Amazon.com (com venda sem sistema de proteção anticópia).O senhor já tentou licenciar publicamente trabalhos seus, mas a Warner não permitiu. Como seria essa negociação?


Gil: Não sei ainda. Primeiro, não tenho mais vínculos diretos com a Warner, tenho contrato para a gravação de mais um CD apenas. Mas o acervo da minha obra está na mão deles. Por isso, devo colocar minha obra à disposição por meio de novos fonogramas, que não estejam vinculados à Warner. Vou regravar todo o meu repertório pela minha gravadora. Então, ele poderá ser posto em domínio público.

O GLOBO: A “Banda Larga” poderia se refletir em alguma ação do ministro Gil a favor da licença pública de música? Gil: A iniciativa que o ministério está tomando é de propor à Casa Civil (da Presidência da República) e aos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, ou seja, todos que estejam envolvidos em questões de direito do autor, propriedade intelectual e patentes, uma revisão do marco legal brasileiro, que a legislação brasileira de direitos autorais seja revista. Já encaminhamos essa proposta à Casa Civil, a partir da nossa Diretoria de Direitos Autorais.Uma das principais críticas à licença pública de música é a eventual perda dos direitos autorais. O que o senhor acha disso?

Gil: O Creative Commons não exclui a remuneração do artista. Uma das finalidades dele é estimular a circulação das obras, o que cria novas formas de remuneração de seus autores.Em muitos discos, uma, duas, no máximo quatro faixas são mais divulgadas; as outras ficam esquecidas. A circulação dos trabalhos por esses novos meios possibilita a divulgação de todas as faixas, inclusive dessas abandonadas, que praticamente foram para o lixo. A resposta a essas críticas é a realidade. A realidade vai à frente de tudo.

Essa entrevista foi publicada dia 13/06/2007.

O show em São Paulo foi transmitido ao vivo pelo seu site e pelo portal IG e está disponível para quem quiser assistir. Durante o show Gil declara que recebeu contato de sua filha em Nova York que estava acompanhando o show "via banda larga".



O clipe de produção caseira da música de trabalho Banda Larga Cordel foi gravado num celular pelo renomado cineasta Andrucha Waddington

Qualquer crítica minha aqui é suspeita já que sou super fã do cantor e já pude curtir o show e baixar bastante músicas em seu site. Deixo então um pedaço do show de São Paulo que está disponível em seu site e no portal do IG para todos curtirem. E não por acaso que a música escolhida foi Pela Internet.





terça-feira, 25 de setembro de 2007

"TV digital vai estrear para ninguém", diz diretor da TVA









DIÓGENES MUNIZ
Editor-assistente de Ilustrada da Folha Online

No dia 2 de dezembro de 2007, quando a TV aberta brasileira estrear oficialmente sua transmissão digital em São Paulo, haverá menos de 1.000 pessoas --numa cidade com cerca de 11 milhões-- assistindo aos programas em alta definição. Para Virgílio Amaral, diretor de Estratégia e Tecnologia da TVA, este é o quadro mais otimista para início da TV digital no Brasil.

"Vai ser uma estréia para ninguém", diz Amaral, especialista no setor e responsável pela digitalização da TVA. Para ele, a TV digital deve estrear mesmo no ano que vem, turbinada pela transmissão dos Jogos Olímpicos de Pequim. "Não vejo de forma ruim este começo. Afinal, a TV digital vai depender de um processo de aculturamento", pondera.


Para pegar freqüência digital, o telespectador precisará de um aparelho com set-top box (conversor) avulso ou embutido. Se quiser a imagem mais nítida possível, de 1.080 linhas horizontais, terá de comprar um televisor do tipo Full High Definition. Os preços para este tipo de eletrodoméstico começam na casa dos R$ 7 mil, sem set-top box acoplado.

"Muita gente acha que ter uma TV de plasma ou LCD qualquer com um receptor digital embutido já dá para receber o melhor conteúdo em alta definição, quando, na verdade, você precisa de uma Full HD para ter a alta definição total", explica Amaral.

Tanta resolução foi, segundo o governo, um dos principais aspectos para o Brasil escolher o padrão japonês de TV digital (ISDB-T), em detrimento do europeu (DVB), que daria mais opções de canais e de interatividade.

Divulgação
Set-top box da Aiko, ainda sem preço definido, chega ao mercado nas próximas semanas
Set-top box da Aiko, ainda sem preço definido, chega ao mercado nas próximas semanas

O set-top box, decodificador que receberá o sinal tanto para TVs analógicas quanto digitais, estará a venda já no mês que vem. Seu preço segue nebuloso --governo e indústria cantam em acordes diferentes, oscilando o custo de prateleira de R$ 200 a R$ 800.

Aparelhos com set-top box embutido também chegam ao mercado em novembro. LG e Samsung já confirmaram a entrada neste setor. Outras empresas, como Panasonic e Aiko apostarão nos conversores. A lógica é de que haverá mais mercado para as caixas receptoras do que para novos televisores.

A chance da imagem em alta definição total se transformar num boto tecnológico é alta. "O consumidor que procura uma TV hoje avalia dois aspectos: quantas polegadas tem o aparelho e qual seu preço. Ao consumidor médio, pouco importa esses aspectos mais técnicos", diz o diretor da TVA.

Assim como o diretor-geral da Globo, Octávio Florisbal, ele aposta que o governo precisará expandir seu cronograma de implantação da TV digital. Segundo o ministério das comunicações, o sinal analógico será cortado até 2016, e daí em diante só haverá transmissão digital. Assim como a estréia da TV digital em dezembro, esta seria uma outra data meramente simbólica.

Eterno retorno

Reprodução
Chateaubriand recorreu a 200 aparelhos para lançar TV no Brasil
Chateaubriand recorreu a 200 aparelhos para lançar TV no Brasil

Como quase ninguém assistirá à bela imagem da TV digital em sua estréia, supermercados, shoppings, lojas de eletrônicos e até emissoras já começaram a expor TVs Full HD com programação digital de teste pela cidade.

"Isso lembra a estréia da TV a cores. Naquela época, eu só conseguia ver [a novela] 'Bem-Amado' colorida se fosse numa loja. O problema é que ela começava de noite, quando os estabelecimentos já estavam fechando", brinca Amaral, que assistirá à estréia da TV digital em alta definição de sua casa.

Neste sentido, a digitalização da TV aberta lembra ainda as primeiras transmissões televisionadas no país, que fizeram neste mês aniversário de 57 anos.

Na época, Assis Chateaubriand, dono da TV Tupi, distribuiu 200 aparelhos entre lugares estratégicos e mais abastados da capital paulista. Curiosidade: para cumprir o cronograma, Chatô precisou contrabandeá-los dos EUA.



domingo, 23 de setembro de 2007

Filmes que abordam o tema "O Poder da Mídia"

1. “Mera Coincidência”, dirigido por Barry Levinson em 1997 nos EUA. Título original “Wag the Dog”.

Resumo: Para desviar a atenção do público americano de um escândalo envolvendo o presidente dos EUA, um produtor de cinema cria uma guerra fictícia capaz de elevar a popularidade do governo.

Pôster:


Fonte: http://www.webcine.com.br/filmessi/meracoin.htm


2. “O Show de Truman - O Show da Vida”, dirigido por Peter Weir em 1998 nos EUA. Título Original: “The Truman Show”.

Resumo: Pacato vendedor de seguros (Jim Carrey) tem sua vida virada de cabeça para baixo quando descobre que é o astro, desde que nasceu, de um show de televisão dedicado a acompanhar todos os passos de sua existência.

Pôster:


Fonte: http://www.webcine.com.br/filmessi/truman.htm


3. “O Poder da Mídia”, dirigido por Bryan Goeres em 2005 nos EUA. Título original: “Crusader”.

Resumo: Com métodos nada éticos, um jornalista que trabalha num pequeno canal de televisão consegue uma importante informação que pode alterar o mundo das telecomunicações. A guerra pela fama e pela audiência vai pôr a prova sua integridade.

Pôster:


Fonte: http://www.interfilmes.com/filme_15560_O.Poder.da.Midia-(Crusader).html


4. “Doces Poderes”, dirigido por Lúcia Murat em 1996 no Brasil.

Resumo: o filme procura mostrar a influência da mídia numa campanha eleitoral marcada pela corrupção.

Pôster:


Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/doces-poderes/doces-poderes.asp


5. “Síndrome da China”, dirigido por James Bridges em 1979 nos EUA. Título original: “The China Syndrome”.

Resumo: Uma repórter e seu cinegrafista presenciam um estranho acontecimento em uma usina nuclear. Após a matéria por eles feita não ser exibida na TV, eles passam a investigar o porquê do segredo em torno do assunto.

Pôster:


Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/sindrome-da-china/sindrome-da-china.asp

terça-feira, 18 de setembro de 2007

É fácil encontrar Madeleine


Uma família de classe média inglesa vai passar as férias em Portugal. Enquanto saem para jantar com os amigos, o casal de pais deixa seus três filhos em casa e de tempos em tempos retornam para saber se está tudo bem. Em um dos retornos percebem que a filha de quatro anos, a mais velha Madeleine McCann, desaparecera.

O episódio, ocorrido em maio de 2007, tornou-se uma das maiores reportagens com apelo humano da década.

Isso porque a família transformou o sumiço da filha em notícia constante. Todos os dias, desde o ocorrido, são lançadas novas matérias à mídia. Os pais espalharam por toda a Europa folhetos de ‘procura-se’ e apelos na tv, rádio, internet e etc.

Pediram ajuda a celebridades e até o papa foi envolvido.

Gerry e Kate McCann conseguiram mobilizar a imprensa mundial, governos de três continentes e celebridades como o jogador David Beckham e a escritora J.K. Rowling para o drama.

Um site foi colocado na internet apenas para tratar do assunto. http://www.findmadeleine.com/

Pulseirinhas são vendidas e dinheiro para a busca é coletado.

E o seqüestrador não foi encontrado até então. Não se sabe nem se Madeleine está viva ou não. As hipóteses, que já eram muitas, não param de aumentar. A mais nova é a de que os pais são suspeitos. Eles, que há quatro meses optaram por transformar a perda da filha em propriedade pública, utilizando-se constantemente da mídia, agora estão sendo vítimas dessa ex-aliada.

Enquanto não se chega à conclusão alguma sobre a história, Madeleine pode ser encontrada em qualquer lugar; e a questão que fica é: A mídia extravasou seus limites e está dando mais espaço do que o devido à notícia?

Dados sobre o filme "Rede de Intrigas"

Após ser demitido da rede de televisão em que trabalha devido à baixa audiência, um locutor de noticiário anuncia no ar que irá se matar durante o programa da próxima semana. A partir de então tem início uma ascensão desenfreada de popularidade para ele, que passa a ser conhecido como o Profeta Louco. Dirigido por Sidney Lumet (Um dia de cão) e com Faye Dunaway, Robert Duvall, William Holden e Peter Finch no elenco. Vencedor de 4 Oscars.



Ficha Técnica
Título Original: Network
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 122 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1976
Estúdio: MGM / United Artists
Distribuição: MGM / United Artists
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Paddy Chayefsky
Produção: Howard Gottfried
Música: Elliot Lawrence
Direção de Fotografia: Owen Roizman
Desenho de Produção: Philip Rosenberg
Figurino: Theoni V. Aldredge
Edição: Alan Heim


Elenco
Faye Dunaway (Diana Christensen)
William Holden (Max Schumacher)
Peter Finch (Howard Beale)
Robert Duvall (Frank Hackett)
Wesley Addy (Nelson Chaney)
Ned Beatty (Arthur Jensen)
Arthur Burghardt (Ahmed Kahn)
Bill Burrows (Diretor de TV)
John Carpenter (George Bosch)
Jordan Channey (Harry Hunter)
Kathy Cronkite (Mary Ann Grifford)
Ed Crowley (Joe Donnelly)
Jerome Dempsey (Walter C. Amundsen)
Conchata Ferrell (Barbara Schlesinger)
Gene Gross (Milton K. Steinman)
Stanley Grover (Jack Snowden)
Cindy Grover (Caroline Schumacher)
Beatrice Straight (Louise Schumacher)
Lance Henriksen (Advogado)


Sinopse
Apresentador de noticiário recebe a notícia de que está demitido em razão dos seus baixos índices de audiência. Um dia, com o programa no ar, comunica a sua saída da emissora e avisa que se matará na próxima semana, quando o programa estiver no ar. É imediatamente afastado, mas o público pede a sua volta e como a rede estava com problemas de audiência resolve lançá-lo. A partir de então ele passa a encarnar o profeta louco, mas mesmo tendo um comportamento insano a recepção do público é altamente positiva. No entanto, as pessoas responsáveis pela sua ascensão agora querem detê-lo.


Premiações
-Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Ator (Peter Finch), Melhor Atriz (Faye Dunaway), Melhor Atriz Coadjuvante (Beatrice Straight) e Melhor Roteiro Original. Recebeu ainda 6 outras indicações, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (William Holden), Melhor Ator Coadjuvante (Ned Beatty), Melhor Fotografia e Melhor Edição.

-Ganhou 4 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Ator - Drama (Peter Finch), Melhor Diretor, Melhor Atriz - Drama (Faye Dunaway) e Melhor Roteiro. Foi ainda indicado na categoria de Melhor Filme - Drama.


Curiosidades
- O ator Henry Fonda recusou o personagem Howard Beale por considerá-lo muito histérico.

- O Oscar ganho por Peter Finch como melhor ator por Rede de Intrigas foi entregue postumamente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O Poder da Sétima Arte


O cinema e a educação

Na década de 1920, o cinema tornou-se a principal forma de diversão, levando às salas de exibição crianças, jovens e adultos, para assistirem as histórias de amor, de heróis e de bandidos contadas nos filmes. A freqüência aos cinemas e os temas filmados estimularam, entre os intelectuais, a discussão sobre o uso e o papel do cinema nas sociedades pós Primeira Guerra Mundial. Analisando os filmes e o público consumidor de películas, os intelectuais (professores, jornalistas, católicos) passaram a identificar o cinema como um importante veículo de persuasão, sendo capaz de influir diretamente a mente das pessoas. A partir dessa constatação, passaram a propor o uso da cinematografia como um instrumento auxiliar na educação, na higienização, na formação de uma raça forte, e na divulgação de valores nacionais. Ao mesmo tempo em que reivindicavam uma produção de películas moralizadas, condizentes com uma moral social e católica, apontavam o fato de que esta nova postura cinematográfica somente seria possível com a intervenção do Estado.


Segundo os intelectuais brasileiros, o Estado era o único organismo capaz de incentivar o cinema educativo, pois somente ele poderia impor leis que obrigassem a produção de filmes desse gênero. Esse movimento não foi exclusivo do Brasil. Na Itália grupos da sociedade civil também se organizaram exigindo uma produção de caráter educativo. Tais movimentos colaboraram para que Getúlio Vargas e Benito Mussolini compreendessem o poder do cinema como veículo de persuasão, levando-os a adotarem uma política de controle e estímulo do cinema nacional. Na Itália, esta política teve como marco a fundação do LUCE, em 1924. No Brasil, a política de proteção ao cinema foi inaugurada em 1932, com o decreto nº 21.240, que regulamentava a censura e a exibição obrigatória das películas nacionais.

Esse movimento de valorização do cinema levou Vargas e Mussolini a exaltarem as vantagens do cinema como veículo ideológico. Entre as qualidades assinaladas por Vargas e Mussolini estava a linguagem. Segundo esses líderes, os filmes possuíam uma “língua compreensível a todos os povos da terra” (2) facilitando a introjeção pelo público da informação divulgada. Afirmavam que através da narrativa divertida e de fácil compreensão o cinema passava uma série de informações e valores sem que o público percebesse, pois estava envolvido pelas histórias e, assim, não questionava as informações. Os governos que utilizaram o cinema educativo como veículo ideológico acreditavam que, utilizando a linguagem fácil do cinema, poderiam divulgar os valores nacionais sem que as massas ficassem enfadadas, pois estaria apreendo e se divertindo.

Uma outra vantagem do cinema era não exigir o conhecimento das letras pelo público. Esta qualidade foi apontada por Mussolini, no discurso de inauguração do Instituto Internacional de Cinema Educativo em 1928, o “cinema tem vantagem sobre o livro e o jornal: fala aos olhos, (...)”(3). A mesma qualidade foi observada por Vargas: o cinema influi “diretamente sobre o raciocínio e a imaginação, apura as qualidades de observação, aumenta os cabedais científicos e divulga o conhecimento das coisas, sem exigir o esforço e as reservas de erudição que o livro requer e os mestres, nas suas aulas reclamam” (4). Ao falar diretamente aos olhos, ao raciocínio e à imaginação, o cinema influía sobre as massas analfabetas educando-as e conquistando-as. O cinema, desta forma, superava em eficiência os meios de comunicação escritos, pois permitia que os valores e os ideais dos Estados nacionalistas fossem divulgados através das imagens, aos grupos analfabetos. O analfabetismo não era uma realidade exclusiva do Brasil, grande parte da população italiana desconhecia as letras. Isso tornava o cinema um veículo atrativo aos ministérios da educação dos dois países.

Observando as vantagens do cinema como instrumento de propaganda e de educação, a sétima arte adquiriu no governo de Vargas e de Mussolini uma certa importância e status.

No governo de Vargas, o cinema foi idealizado como um instrumento de aproximação. Segundo Getúlio, o cinema era capaz de “aproximar, pela visão incisiva dos fatos, os diferentes núcleos humanos dispersos no vasto território da República” (5). Getúlio Vargas observava que as distâncias regionais, políticas, territoriais e econômicas sempre foram um entrave ao crescimento nacional. Desde o início do seu governo, em 1930, Vargas procurou combater estas distâncias criando um discurso nacionalista que visava direcionar os estados e o povo para a figura do líder central. A primeira iniciativa unificadora foi simbólica. Em 1937, Getúlio Vargas reuniu todas as bandeiras dos estados e as queimou representando o fim da desunião. A partir desta cerimônia, todos os estados estavam representados pela bandeira nacional, símbolo de um único governo e um único povo.

Com a missão de estimular a identificação do povo com a nação e assim diminuir as distâncias, os filmes educativos produzidos durante o Estado Novo recorreram ao uso dos símbolos nacionais. A bandeira nacional, por exemplo, aparecia na seqüência de abertura do cine jornal brasileiro, produzido pelo DIP. Em alguns filmes do INCE, o pavilhão auriverde aparecia grandioso, tremulante no céu do Brasil associando o seu esplendor e beleza à pátria construída por Vargas.

O Mapa do Brasil também apareceu em alguns filmes, sendo utilizado como mapa logotipo (6). Os mapas logotipos, segundo Anderson, têm a função de remeter a população ao espaço físico do país, tornando, assim, a nação e seu governo reconhecidos pela população. Para Getúlio Vargas, o movimento de aproximação promovia um conhecimento interno, fundamental para o despertar do patriotismo, pois, segundo o discurso estado-novista somente o conhecimento do Brasil estimularia o amor à pátria e o desejo de lutar por ela.

Mussolini também elegeu o cinema como instrumento de aproximação. Em seu discurso observou que a principal missão do Instituto Internacional de Cinema Educativo – ICE (7) era “facilitar e acrescer as relações culturais entre os povos(...)”(8). Esta função conferida por Mussolini se explicava pelo clima hostil que pairava sobre a Europa na década de 1920. Ao final da Primeira Guerra Mundial, o velho continente se esforçava para reconquistar um clima de paz e colaboração entre os povos. Neste contexto, o cinema surgiu diante dos olhos de Intelectuais e políticos como um grande aliado na aproximação das nações, pois sua língua era compreensível a todos os povos da terra (9). Nesse cenário, a missão do cinema seria de disseminar conhecimentos acerca dos costumes e da cultura dos povos, promovendo a compreensão das suas mentalidade e das necessidades. A idéia era que, através dos filmes, o espectador europeu compreendesse que em outros países do continente as dificuldades e os problemas eram os mesmo do seu país, e, a partir desse entendimento, se tornassem mais solidários com o antigo inimigo (10).

Além da função humanitária de aproximar os povos inimigos, o cinema era apontado por Mussolini, como um veículo de propaganda. Apesar de ter saído da Primeira Guerra Mundial como vencedora, a Itália não conquistou um lugar de destaque na nova ordem mundial, sendo rechaçada pelas principais potências. Ao tomar o poder, em 1922, Mussolini se comprometeu, através de seu programa nacionalista, em reconquistar para a Itália um posto de destaque, fazendo, assim, com que a nação italiana recuperasse o orgulho nacional. Tendo como meta a conquista do espaço que caberia a Itália, Mussolini passou a encarar o cinema como L’arma più forte, capaz de fazer a propaganda externa e interna do regime fascista.

por Cristina Rosa

www.mnemocine.com.br

domingo, 16 de setembro de 2007

Filme utilizado para o seminário

Filme "Rede de Intrigas" (Network, 1976)




"Esta é a história de Howard Beale, apresentador do telejornal da rede UBS. Houve o tempo em que Howard Beale era um mandachuva na televisão, o poderoso senhor do jornalismo, com audiência de 28 pontos. Mas, em 1969, sua sorte começou a mudar. A audiência caiu para 22; no ano seguinte, sua esposa faleceu. Viúvo, sem filhos, uma audiência agora de 12 pontos. Howard passou a se atrasar, a se isolar e a beber em excesso. Em 22 de setembro de 1975, sua demissão foi-lhe anunciada, com duas semanas de antecedência, por Max Schumacher, presidente do serviço de notícias da UBS.”

O que você acaba de ler é narrado em off logo no início do filme Rede de Intrigas, introduzindo o espectador para seu brilhante roteiro. O personagem Howard Beale, vivido por Peter Finch, é a figura central da história, mas não é o único astro do show. Com um elenco encabeçado por William Holden e Faye Dunaway, além de competentes coadjuvantes do naipe de Robert Duvall e Ned Beatty, Rede de Intrigas é um trabalho primoroso do diretor Sidney Lumet, uma sátira ao mundo dos negócios por trás da tevê.

Um desastre de avião, a morte repentina de uma celebridade, câmeras escondidas denunciando corrupção, enfim, qualquer assunto pode se transformar na grande oportunidade para que fofoqueiros, sensitivos, comentaristas exaltados, entre outras figuras, promovam um espetáculo que terá a real intenção de impressionar e atrair o olhar de milhões de pessoas.

Oprah Winfrey, a apresentadora mais popular dos EUA, disse certa vez que não consome carne bovina por ser "prejudicial à saúde"; nos dias seguintes a sua declaração, a venda de carne vermelha caiu verticalmente no país, obrigando Oprah a se retratar. Não que ela seja uma desequilibrada do tipo que se vê na obra de Lumet, mas a comoção provocada por ela há alguns anos é um bom exemplo de como um simples programa de televisão pode ter notáveis reflexos na sociedade. Algumas dessas conseqüências nem chegam a ser tratadas com relevância pelos poderosos donos de emissoras, estes se preocupam bem mais com a audiência e o faturamento de suas empresas. Mas quando um programa começa a gerar desconforto entre a população ou “passa do limites”, interferindo até nos lucros, aí a coisa muda de figura.
No filme, Howard Beale tem uma atitude bastante irresponsável, algo que o desespero e o alcoolismo poderiam até justificar. Durante o noticiário, informa sua saída do programa dentro de poucos dias, ao vivo, e ainda declara que vai se suicidar. Pasme! A equipe não sabe o que fazer, os responsáveis pela emissora ficam furiosos e querem que Max Schumacher (William Holden), diretor do programa, impeça Beale de voltar à bancada do jornal nos próximos dias. Contudo, o ibope é o mais alto dos últimos anos, e isso chama a atenção de Diane Christiansen (Faye Dunaway), diretora de conteúdo da UBS. Ela sugere o seguinte plano: manter Beale à frente das câmeras, mesmo que o sujeito demonstre ser psicologicamente despreparado para aparecer na tevê; em outras palavras, completamente maluco.
O mais interessante é que o script consegue passar de uma trama a outra com surpreendente elegância e suavidade. A loucura de Howard Beale, que em pouco tempo vira “a sensação do ano”, com seus discursos exacerbados a respeito da “sujeira do mundo em que vivemos”, faz paralelo com o caso de amor entre Max e Diane. Aos poucos, Max se transforma em vítima da colega. Ele termina um casamento de 25 anos para ficar com Diane, mas percebe o erro que cometeu tarde demais. Convém mencionar que a atriz de teatro Beatrice Straight faz aqui uma breve porém hipnotizante aparição como a esposa traída.

Diane é o estereótipo da mulher fanática por seu emprego, uma verdadeira workaholic. Ela respira televisão, só fala nos números da audiência, faz planos para a grade do canal, idealiza as reportagens mais escandalosas possíveis. Aparentemente, pensa no trabalho 24 horas por dia, até quando vai para a cama com Max. Ela tem plena ciência do risco que corre ao deixar Beale na emissora, mas o sucesso é muito grande para ser jogado fora.

Logo, Beale ganha um programa no qual pode falar à vontade sobre tudo o que pensa. As platéias se transformam em seguidores fanáticos, incitados a aplaudir ou a protestar sobre os mais variados assuntos que brotam da mente doentia do apresentador. Mas quando ele, de repente, passa a ofender os imigrantes árabes e revela os planos de um negócio bilionário sobre a compra de uma rede associada pelos sauditas, todos começam a suar frio nos bastidores. Beale pede para que seus espectadores enviem telegramas à Casa Branca pedindo que o negócio não seja sancionado. Assim, milhões de pessoas o fazem, e uma fortuna é retirada do país. Você já consegue imaginar o resto, não? Na verdade, o modo como tiram Beale do ar é a grande sacada, designando a natureza satírica da fita.

Rede de Intrigas é, sobretudo, uma corajosa e inteligente denúncia sobre a demonização das corporações, ansiosas por lucros, altos faturamentos. A tevê foi o meio encontrado pelo premiado roteirista Paddy Chayefsky (de Marty e O Hospital), como algo de profético. Se ligarmos um televisor hoje, em qualquer parte do mundo, teremos a sensação de que tudo o que Chayefsky idealizara se concretizou de alguma forma. Em 1976, um dos pôsteres promocionais do filme anunciava: “A televisão jamais será a mesma”. Teriam os videntes da Sonia Abrão adivinhado tudo isso?

Texto retirado do site: http://www.2jovem.com/viewtopic.php?t=43638

sábado, 15 de setembro de 2007

Heil Hitler


O poder de Goebbels em desenvolver todo o discurso de Hitler, inclusive sua saudação.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O poder da guerra

O CÉREBRO DO REICH


Arquiteto da imagem messiânica de Hitler, Josef Goebbels direciona seu talento para a política expansionista e anti-semita do Führer - Mestre da propaganda arrebanha o apoio da população para nova batalha na Europa

A serviço do 'Führer': orador hipnótico, Goebbels chefia a máquina de propaganda nazista
ntre 1907 e 1908, a Academia de Belas-Artes de Viena recusou, por duas vezes consecutivas, o ingresso de um candidato da pequena cidade de Braunau em suas fileiras. Além de apresentar trabalhos pouco originais, cópias ordinárias de gravuras ou de fotografias, o aprendiz pecava por não conseguir retratar em seus desenhos figuras humanas nas proporções corretas.Três décadas depois, esse artista enjeitado resolveu redesenhar, à sua forma, as fronteiras do Velho Mundo. E enquanto o planeta teme que as pinceladas bélicas de Adolf Hitler façam da Europa uma natureza-morta, a Alemanha, em frenesi, não pára de fornecer tintas e munição para seu Führer. Como explicar esse fanatismo quase cego de uma nação historicamente ilustrada, pátria de pensadores da estirpe de Kant, Schopenhauer e Nietzsche?Para muitos analistas internacionais, a resposta está em um homenzinho coxo, de orelhas caídas e boca solta, que atende pelo nome de Josef Goebbels. Não é exagero dizer que foi ele, o Ministro da Propaganda do Reich, quem arquitetou a imagem pública de Hitler - não apenas como líder político, mas como o Messias da nação alemã, na acepção mais sacra da palavra.Goebbels é um verdadeiro mestre em seu ofício. Foi ele o responsável pela frente de propaganda das sucessivas campanhas eleitorais que acabaram por conduzir Hitler ao cargo de chanceler. Foi ele quem cunhou e tornou compulsória a saudação Heil Hitler - "Ave Hitler", ou "Vida longa a Hitler" – entre os integrantes do partido nazista. E é ele que, com controle total sobre rádio, televisão, imprensa, cinema e teatro, consegue conquistar o apoio maçico da população às decisões de Hitler - quaisquer que sejam elas.

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Ratos e baratas - De forma peculiar e engenhosa, Josef Goebbels conseguiu transformar o trauma da derrota na Grande Guerra num aditivo para a política expansionista nazista. "Chegou a hora de nosso país exigir seu direito histórico na Europa. O elevado destino da raça superior se aproxima. O povo tem de desejar sacrificar-se pela glória do Reich. Qualquer conforto deve ceder lugar à necessidade de armas", afirmou ele.Alinhado com a política anti-semita de Hitler, também propala efeitos nocivos da presença dos judeus na Alemanha - em alguns casos, conclama a população a agir contra estes. Não custa lembrar que foi ele o mentor intelectual da Kristallnacht, a infame "Noite dos Cristais", em novembro do ano passado, quando a população, para retaliar o atentado cometido por um jovem judeu a um diplomata alemão, foi convocada a destruir sinagogas, lojas e casas da comunidade judaica. O resultado: 90 judeus assassinados e mais de 20.000 presos e enviados para campos de concentração. "Bravo, bravo", celebrou o ministro - que em suas propagandas refere-se aos judeus como "ratos" ou "baratas" -, ao tomar conhecimento do desfecho do levante.Brilhante escritor, orador hipnótico, Goebbels, nascido em berço católico na cidade de Rheydt, em 1897, incluiu o Führer como um vértice extra em sua Santíssima Trindade. Sua fidelidade a Hitler é canina. Passagens dos diários de Goebbels revelam uma admiração transcendental pelo líder: "Ele é um gênio. O instrumento natural e criativo de um destino determinado por Deus. Ele é como uma criança: gentil, bondosa, piedosa. Como um gato: astuto, esperto, ágil. Como um leão: gigante e imponente".Mas que ninguém se engane com essas comparações pueris: Goebbels é, mais do que ninguém, uma fera a serviço do Reich. Na Polônia, suas transmissões de rádio e técnicas de guerra subversiva - incluindo ameaças de uma quinta coluna pronta a atacar em território invadido - ajudaram a minar as resistências do inimigo. Se depender do Ministro da Propaganda, o Führer já pode pegar o pincel e começar a treinar a assinatura: sua grande obra-prima será concluída em breve.


VEJA, Setembro de 1939

The Truman Show Trailer

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O papel e o poder da mídia

Por Maria Izabel Perez 19/02/2002 às 21:57

Um esboço do que se pode pensar sobre a mídia atual.

Hoje me confunde tentar saber qual é o papel da mídia. Por um lado, muito negativo por sinal, demonstra uma mídia dominadora de opiniões e puramente comercial. Por outro se apresenta como informativa e educadora. Sem contar a infinidade de entretenimento de má qualidade em que nela está contida. O único fator que destrói abruptamente o papel da mídia é o capital. Acaba-se comercializando a informação. Toda a mídia torna-se um grande mercado. Quando na verdade deveria preocupar-se com a qualidade do conteúdo por ela apresentado, já que é a maior fonte de informação e entretenimento que a população possui.
O grande problema é que a mídia se tornou o quarto poder. Um poder que pode ser consumido e que é partidário. Assim ela torna-se formadora e criadora de opiniões públicas. Podendo ser consumida e vendida torna-se produto de mercado. Um produto que influencia a posição política de cada cidadão e que infelizmente sempre é associada a grupos dominantes.
Atualmente a mídia é o quarto maior segmento econômico do mundo; perde para a petroquímica, indústria bélica e aeronáutica. Isso significa que daqui a 15 ou 20 anos ela seguirá para o primeiro segmento. Isso não indica apenas que a mídia será a maior indústria geradora de capital. Mas será também um dos maiores poderes sociais. Terá em mãos o poder de conduzir política, dominar, legitimar, formar e criar opinião pública. Ou simplesmente dominar a todos.
Além disso, ela pode transformar a vida pública e política em espetáculo. Nada melhor para exemplificar isso do que a imagem colocada pela mídia no dia 11 de setembro. A imagem dos dois aviões atravessando as duas torres não será facilmente esquecida. Afinal a mídia fez muito para isso, reprisou diversas vezes em vários momentos do dia. Não só reprisou como anulou qualquer aparição humana no vídeo. A imagem era cinematográfica. O atentado de 11 de setembro tornou-se espetáculo, não dando margem a questões políticas e humanas. Apenas frisando bastante a imagem demolidora. Esvaziando nossas cabeças para o que existia de significativo; não me refiro apenas as mortes, mas as diferenças ideológicas, religiosas e políticas entre o autor e a vítima do atentado. Outro exemplo que deixa evidente o espetáculo produzido pela mídia são os debates políticos. Tornam-se cenas de novela.
Porém é a TV que homogeneíza estilos de vida e, além disso, mostra toda a diversidade cultural existente.
Possui mais poder do que a gente imagina, pois se utiliza da imagem, cuja qual não conseguimos abstrair.
Infelizmente, a nossa mídia não leva a sério suas funções. Cabe a nós, decidirmos se devemos consumi-la ou não.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007



Saiu na revista Veja da semana passada (29 de Agosto de 2007), na seção Internet, a reportagem “Intimidade, Câmera, Ação!” de Silvia Rogar. Esta discorre entorno do fato de cada vez mais, as pessoas estarem exibindo suas vidas através de vídeos publicados na Internet. Assim, indivíduos comuns da sociedade tornam-se de um dia para o outro, celebridades, ao exibirem na rede, imagens nas quais expõem suas intimidades. Assunto discutido em sala de aula, após a leitura da matéria publicada pela Folha Ilustrada “TV por você” (17 de Agosto de 2007).
Através desta e de outras matérias divulgadas pelos meios de comunicação, observamos que este é um tema que está em alta, pelo fato de introduzir novos conceitos na mídia, quebrar paradigmas e unir conceitos, que antes eram trabalhados separadamente. Conseqüentemente, novas discussões são geradas a respeito da privacidade das pessoas, do conteúdo exibido pelos vídeos presentes na web, entre outras...